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Alunos do curso de Psicologia da Doctum de Caratinga realizaram, no dia 17 de maio, uma visita técnica ao Museu da Loucura, instalado no antigo Hospital Colônia de Barbacena — o primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais e um dos mais emblemáticos na história da saúde mental no Brasil.
A atividade foi coordenada pelo professor Felipe Carvalho e contou com o acompanhamento dos professores Américo Galvão Neto, Alessandra Dias Baião Gomes, Fabrício Bomfim de Freitas e Patrick Luiz Martins Freitas Silva, docentes dos cursos de Psicologia e Direito. Durante a visita, os participantes foram guiados por um funcionário da instituição, que apresentou o espaço e contextualizou o funcionamento do museu, voltado à preservação da memória da assistência psiquiátrica no país.

A visita faz parte das ações de extensão da Doctum, que têm como objetivo ampliar a formação acadêmica e profissional dos estudantes, promovendo vivências que contribuem para o desenvolvimento humano, cultural e crítico. Os alunos demonstraram grande interesse e sensibilidade diante da experiência, que proporcionou reflexões profundas sobre os direitos humanos e o cuidado em saúde mental.
Fundado em 1996, o Museu da Loucura reúne documentos, fotografias, objetos e reportagens que retratam a dura realidade vivida pelos internos do Hospital Colônia. Seu principal propósito é estimular a empatia, combater o estigma associado ao sofrimento psíquico e fomentar práticas de cuidado mais humanas e inclusivas.
Inaugurado em 1903, o Hospital Colônia de Barbacena tornou-se, durante décadas, símbolo do abandono, da exclusão social e do desrespeito à dignidade humana. Em meio ao preconceito e às imposições políticas da época, milhares de pessoas foram internadas compulsoriamente — entre elas, indivíduos em situação de rua, prostitutas, dependentes químicos, opositores políticos, esposas, filhas ou amantes indesejadas, tuberculosos, marginalizados e apenas uma minoria de pessoas com transtornos mentais eram internadas no local.
Em um cenário desolador, todos os pacientes eram abandonados à própria sorte. O hospital contava com poucos recursos financeiros e um número altíssimo de internos. O atendimento era deplorável, com alta taxa de mortalidade. Nessa condição, os internos dormiam em colchões de palha ou mesmo no chão, em meio à sujeira, dejetos humanos e insetos, além de relatos de abusos físicos e sexuais, ou seja, sob condições precárias de salubridade e proteção.
Em 1979, ocorreu o III Congresso Mineiro de Psiquiatria, em que psiquiatras e outros profissionais da saúde discutiam os modelos de assistência à saúde. Como convidado desse congresso, o psiquiatra italiano Franco Basaglia, em visita ao Brasil, comparou o Hospital de Barbacena a um “campo de concentração”. Basaglia incentivou o movimento de reestruturação do modelo de atendimento, de forma a oferecer atendimento digno e humano.
Ainda em 1979, o cineasta Helvécio Ratton lançou o documentário “Em Nome da Razão”, sobre a vida dentro do hospício. A partir desse momento, diversos jornais passaram a denunciar os absurdos que se passavam no local. As denúncias surtiram efeito e as autoridades foram pressionadas a tomar providências. Profissionais que participaram do congresso foram designados para reestruturar o hospital em um trabalho de resgate da cidadania e reinserção social dos internos.
Atualmente, o local funciona como um hospital que oferece atenção integral à saúde mental, com foco no cuidado humanizado e na reinserção social dos usuários. A experiência vivida pelos alunos da Doctum reforça o compromisso da instituição com uma formação crítica, ética e sensível às complexidades da vida em sociedade.
Alunos do curso de Psicologia da Doctum de Caratinga realizaram, no dia 17 de maio, uma visita técnica ao Museu da Loucura, instalado no antigo Hospital Colônia de Barbacena — o primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais e um dos mais emblemáticos na história da saúde mental no Brasil.
A atividade foi coordenada pelo professor Felipe Carvalho e contou com o acompanhamento dos professores Américo Galvão Neto, Alessandra Dias Baião Gomes, Fabrício Bomfim de Freitas e Patrick Luiz Martins Freitas Silva, docentes dos cursos de Psicologia e Direito. Durante a visita, os participantes foram guiados por um funcionário da instituição, que apresentou o espaço e contextualizou o funcionamento do museu, voltado à preservação da memória da assistência psiquiátrica no país.

A visita faz parte das ações de extensão da Doctum, que têm como objetivo ampliar a formação acadêmica e profissional dos estudantes, promovendo vivências que contribuem para o desenvolvimento humano, cultural e crítico. Os alunos demonstraram grande interesse e sensibilidade diante da experiência, que proporcionou reflexões profundas sobre os direitos humanos e o cuidado em saúde mental.
Fundado em 1996, o Museu da Loucura reúne documentos, fotografias, objetos e reportagens que retratam a dura realidade vivida pelos internos do Hospital Colônia. Seu principal propósito é estimular a empatia, combater o estigma associado ao sofrimento psíquico e fomentar práticas de cuidado mais humanas e inclusivas.
Inaugurado em 1903, o Hospital Colônia de Barbacena tornou-se, durante décadas, símbolo do abandono, da exclusão social e do desrespeito à dignidade humana. Em meio ao preconceito e às imposições políticas da época, milhares de pessoas foram internadas compulsoriamente — entre elas, indivíduos em situação de rua, prostitutas, dependentes químicos, opositores políticos, esposas, filhas ou amantes indesejadas, tuberculosos, marginalizados e apenas uma minoria de pessoas com transtornos mentais eram internadas no local.
Em um cenário desolador, todos os pacientes eram abandonados à própria sorte. O hospital contava com poucos recursos financeiros e um número altíssimo de internos. O atendimento era deplorável, com alta taxa de mortalidade. Nessa condição, os internos dormiam em colchões de palha ou mesmo no chão, em meio à sujeira, dejetos humanos e insetos, além de relatos de abusos físicos e sexuais, ou seja, sob condições precárias de salubridade e proteção.
Em 1979, ocorreu o III Congresso Mineiro de Psiquiatria, em que psiquiatras e outros profissionais da saúde discutiam os modelos de assistência à saúde. Como convidado desse congresso, o psiquiatra italiano Franco Basaglia, em visita ao Brasil, comparou o Hospital de Barbacena a um “campo de concentração”. Basaglia incentivou o movimento de reestruturação do modelo de atendimento, de forma a oferecer atendimento digno e humano.
Ainda em 1979, o cineasta Helvécio Ratton lançou o documentário “Em Nome da Razão”, sobre a vida dentro do hospício. A partir desse momento, diversos jornais passaram a denunciar os absurdos que se passavam no local. As denúncias surtiram efeito e as autoridades foram pressionadas a tomar providências. Profissionais que participaram do congresso foram designados para reestruturar o hospital em um trabalho de resgate da cidadania e reinserção social dos internos.
Atualmente, o local funciona como um hospital que oferece atenção integral à saúde mental, com foco no cuidado humanizado e na reinserção social dos usuários. A experiência vivida pelos alunos da Doctum reforça o compromisso da instituição com uma formação crítica, ética e sensível às complexidades da vida em sociedade.
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