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A premissa de que mudanças no estilo de vida ou na rotina devem ser sustentáveis é central para a prática eficaz em diversas áreas da saúde, e na psicologia, adquire um significado particular. Não basta idealizar, planejar ou propor transformações; é importante que estas sejam duradouras, integradas ao cotidiano e alinhadas aos valores e recursos do indivíduo.
A sustentabilidade de uma mudança não se refere apenas à sua manutenção ao longo do tempo, mas também à sua capacidade de ser resiliente diante de desafios e de promover um bem-estar contínuo.
Do ponto de vista psicológico, a adesão a novas práticas e a superação de hábitos arraigados dependem de fatores que vão além da mera força de vontade ou da compreensão racional dos benefícios.
Uma mudança é sustentável quando o indivíduo se sente capaz de implementá-la segundo a sua realidade, quando os ganhos percebidos superam os custos, ainda que os benefícios não apareçam a curto prazo e quando o ambiente o apoia nessa jornada.
Profissionais e estudantes de psicologia (na condição de estagiário, por exemplo) devem estar atentos para que as intervenções não gerem apenas resultados pontuais, mas sim transformações enraizadas. Isso implica em trabalhar com o cliente para identificar metas realistas e significativas para ele, desmistificar a ideia de “perfeição” e valorizar o progresso gradual.
É fundamental explorar os obstáculos internos e externos que o indivíduo possa vir a enfrentar em seu cotidiano, auxiliando na construção de estratégias de enfrentamento e na prevenção de recaídas ou até mesmo a desistência. O foco deve ser na construção de um repertório de habilidades que permita ao indivíduo adaptar-se e persistir, mesmo diante das adversidades.
Além disso, a dimensão contextual não pode ser negligenciada. Mudanças individuais são impactadas por fatores socioeconômicos, culturais e ambientais. Um estilo de vida mais saudável, por exemplo, pode ser muito difícil ou inviável para quem enfrenta insegurança alimentar ou condições de trabalho exaustivas.
Assim, a psicologia também contribui ao participar da luta por políticas públicas que criem ambientes e condições favoráveis à saúde e ao bem-estar, reconhecendo que a sustentabilidade das mudanças individuais muitas vezes depende de transformações coletivas.
Dessa forma, para que uma mudança seja verdadeiramente efetiva, ela precisa ser construída sobre bases sólidas de autoconhecimento, apoio e adaptabilidade, visando não apenas o resultado imediato, mas a constância do bem-estar.
Felipe Eduardo Ramos de Carvalho
Psicólogo
Pós-graduado em Saúde Mental
Mestrando em Políticas Sociais – UFF/UFVJM
Professor da Rede de Ensino Doctum
Coordenador do Curso de Psicologia na unidade de Caratinga
A premissa de que mudanças no estilo de vida ou na rotina devem ser sustentáveis é central para a prática eficaz em diversas áreas da saúde, e na psicologia, adquire um significado particular. Não basta idealizar, planejar ou propor transformações; é importante que estas sejam duradouras, integradas ao cotidiano e alinhadas aos valores e recursos do indivíduo.
A sustentabilidade de uma mudança não se refere apenas à sua manutenção ao longo do tempo, mas também à sua capacidade de ser resiliente diante de desafios e de promover um bem-estar contínuo.
Do ponto de vista psicológico, a adesão a novas práticas e a superação de hábitos arraigados dependem de fatores que vão além da mera força de vontade ou da compreensão racional dos benefícios.
Uma mudança é sustentável quando o indivíduo se sente capaz de implementá-la segundo a sua realidade, quando os ganhos percebidos superam os custos, ainda que os benefícios não apareçam a curto prazo e quando o ambiente o apoia nessa jornada.
Profissionais e estudantes de psicologia (na condição de estagiário, por exemplo) devem estar atentos para que as intervenções não gerem apenas resultados pontuais, mas sim transformações enraizadas. Isso implica em trabalhar com o cliente para identificar metas realistas e significativas para ele, desmistificar a ideia de “perfeição” e valorizar o progresso gradual.
É fundamental explorar os obstáculos internos e externos que o indivíduo possa vir a enfrentar em seu cotidiano, auxiliando na construção de estratégias de enfrentamento e na prevenção de recaídas ou até mesmo a desistência. O foco deve ser na construção de um repertório de habilidades que permita ao indivíduo adaptar-se e persistir, mesmo diante das adversidades.
Além disso, a dimensão contextual não pode ser negligenciada. Mudanças individuais são impactadas por fatores socioeconômicos, culturais e ambientais. Um estilo de vida mais saudável, por exemplo, pode ser muito difícil ou inviável para quem enfrenta insegurança alimentar ou condições de trabalho exaustivas.
Assim, a psicologia também contribui ao participar da luta por políticas públicas que criem ambientes e condições favoráveis à saúde e ao bem-estar, reconhecendo que a sustentabilidade das mudanças individuais muitas vezes depende de transformações coletivas.
Dessa forma, para que uma mudança seja verdadeiramente efetiva, ela precisa ser construída sobre bases sólidas de autoconhecimento, apoio e adaptabilidade, visando não apenas o resultado imediato, mas a constância do bem-estar.
Felipe Eduardo Ramos de Carvalho
Psicólogo
Pós-graduado em Saúde Mental
Mestrando em Políticas Sociais – UFF/UFVJM
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